Segurança do paciente em debate no 9.º Seminário de Saúde da GS1 Portugal

A segurança do paciente foi a temática que juntou diferentes profissionais do setor da saúde – públicos e privados – na 9.ª Edição do Seminário de Saúde da GS1 Portugal.

O mais recente evento promovido pela GS1 Portugal, contou com a participação de especialistas da Escola Nacional de Saúde Pública, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, da APIFARMA, da Associação Portuguesa de Desenvolvimento Hospitalar, da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, da NOVA SBE – School of Business & Economics, da GS1 Irlanda e da GS1 Portugal para debater os desafios que hoje se colocam ao setor, com vista à implementação de medidas integradas, conducentes à garantia da segurança do paciente e de todas as cadeias de valor. Após a intervenção de João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1 Portugal, que marcou o arranque do evento, o tema da segurança organizacional foi aprofundado por Filipa Breia da Fonseca, Professora de Economia da Saúde da NOVA SBE.

Como referiu, durante décadas, os profissionais de saúde envolvidos em “harm events”, sofriam em silêncio e não reconheciam as falhas médicas. Ao longo do tempo, a preocupação com a segurança organizacional tem vindo a ser um tema cada vez mais abordado, nomeadamente através de programas, nacionais e internacionais, que visam melhorar a qualidade e a segurança do atendimento ao paciente.

De acordo com Filipa Breia da Fonseca, “os líderes em saúde estão cada vez mais abertos a sistemas de saúde que redirecionem e acelerem os seus esforços para melhorar a segurança do paciente”.

Após uma retrospetiva histórica, a Professora de Economia da Saúde da NOVA SBE concluiu que um dos principais desafios neste âmbito passa por “sermos mais tolerantes ao erro, mas termos mais responsabilidade para reportar o erro” e reforçou a importância da segurança organizacional e psicológica para combater o erro médico e melhorar a segurança do doente.

Neste Seminário, o tema ‘A crise será uma oportunidade para a eficiência?’ foi aprofundado num Painel de Debate que contou com as intervenções de Ana Escoval, Vogal da APDH – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar; Heitor Costa, Diretor de Assuntos Institucionais e Inovação da APIFARMA, e Julian Perelman, Professor Catedrático de Economia da Saúde da Escola Nacional Saúde Pública, com moderação de Fernanda Freitas, jornalista, fundadora da Plataforma Eixo Norte Sul e Presidente da Associação Nuvem Vitória.

Seguiram-se as intervenções de Luís Ferreira, Vogal dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, e de Óscar Gaspar, Presidente da APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, num Painel de Debate subordinado ao tema ‘Informatizar vs Digitalizar: a importância da comunicação entre Sistemas de Informação’, mais uma vez com a moderação de Fernanda Freitas.
De seguida, Siobhain Duggan, Director of Innovation and Healthcare da GS1 Irlanda reforçou os benefícios da implementação de standards na cadeia de abastecimento do setor hospitalar.

Através da apresentação de diversos casos de sucesso na Cadeia Hospitalar da Irlanda, Siobhain Duggan demonstrou a importância da rastreabilidade para garantir o alinhamento entre as necessidades do paciente, a medicação adequada e o dispositivo médico, que, por sua vez, garante a segurança do paciente.
“A implementação de standards na cadeia de abastecimento do setor hospitalar contribui para a segurança do paciente e, consequentemente, para gestão eficiente dos sistemas de saúde.”, sublinhou Siobhain Duggan.


Por fim, as implicações da Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade que impõe a partilha de evidências, quantitativas e qualitativas, da forma como as empresas estão a contribuir no âmbito dos critérios ESG, foi o principal tópico da conversa com Marta Résio, Gestora de Comunicação da GS1 Portugal, e Gonçalo Dias, Gestor de Projetos de GS1 Portugal.
O encerramento do evento foi da responsabilidade de Sofia Perdigão, Healthcare Manager na GS1 Portugal.

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