AECOC promove 23.º Congresso do Setor da Saúde

Com grande enfoque nas temáticas da sustentabilidade e transição digital, o Congresso contou com uma intervenção de Noemí Civicos, representante do Sistema Nacional de Saúde que expôs a respetiva estratégia e a prioridade atribuída à adaptação do sistema aos novos desafios, considerando como fundamental, a análise de dados, a interoperabilidade da informação e os serviços digitais. Como destacou, nestas áreas, o Serviço Nacional de Saúde espanhol está a desenvolver cinco projetos de grande dimensão: novos serviços digitais, transformação digital do sistema, sustentabilidade, cuidado digital personalizado e espaço de dados de saúde. Para além destes, como foi sublinhado, estão a ter início novos projetos nos laboratórios de anatomia patológica.

Esta edição do Congresso contou ainda com intervenções de Daniel Vitalla da IQVIA. A IQVIA partilhou uma análise das três patologias com maior incidência e nível mundial e das terapêuticas mais utilizadas em farmácia de rua e em farmácia hospitalar. Como sublinhou o representante da IQVIA, o setor da saúde está a procurar dar resposta a estes principais indicadores de incidência de patologia e terapêuticas mais prescritas com digitalização, seja por via da telemedicina, do e-commerce ou da inteligência artificial,

No Painel Debate subordinado ao tema “Como a pegada de carbono aporta valor no setor da saúde?”, que contou com a participação de Jaime del Barrio da Ernest & Young, Jaume Vives dos Laboratórios Stada, Natalia Robledinos da Johnson & Johnson e Borja Leal da Bidafarma, onde o enfoque foi a sustentabilidade e a forma como a inovação farmacêutica e hospitalar, na rastreabilidade e segurança do paciente na gestão hospitalar, podem acrescentar, nesse sentido, um contributo decisivo.

Ainda no contexto deste evento, Mark Songhurst, Programme Leader da iniciativa Scan4Safety, implementada no The Leeds Teaching Hospitals, no NHS – National Healthcare System, no Reino Unido, explicou todo o processo de aplicação dos standards GS1 em meio hospitalar, sublinhando o impacto da utilização de GTIN em produtos de utilização hospitalar, medicamentos e dispositivos médicos; assim como no GLN – Global Location Number, para localizações na unidade hospitalar, uma vez que cada sala tem um código específico e do GSRN- Global Service Relation Number, para o paciente, atribuído e colocado na pulseira individual. O representante daquele projeto piloto que decorreu no NHS enfatizou a importância do sistema GS1 em unidades hospitalares sobretudo em situações de necessidade de recolha de produtos de utilização hospitalar por falhas de qualidade, tendo citado os casos dos implantes mamários e das lentes de contacto, recentemente registados no Reino Unido. Como referiu, no âmbito do projeto piloto foi criada uma app para ser utilizada em meio hospitalar que permite a monitorização constante do circuito integrado do medicamento implementado. O projeto piloto integra também um sistema de inventário integrado, com dashboards de acompanhamento e análise de ativos em contexto hospitalar.

O Congresso de Saúde da AECOC contou ainda com uma Mesa Redonda sobre “Contratação e compras inteligentes de tecnologia: um objetivo comum do sistema de saúde”, que contou com a participação de Pablo Crespo da FENIN, Miguel Ángel Berros do Serviço de Saúde das Astúrias, Juan Andrés Moreno Martín do Serviço de Saúde da Estremadura e Luis Miguel Carroquino do Serviço de Saúde Aragonês. Debateram-se temas como as compras públicas no setor público, benefício e segurança do paciente e os critérios de adjudicação de medicamentos. Nesta Mesa Redonda foram igualmente abordados os critérios de seleção do serviço público sobre a escolha de produtos e medicamentos para os hospitais: como se destacou, para além do preço, a escolha assenta na relação qualidade-preço, sendo a quantidade uma variável determinante na construção do preço.

O último tema em debate neste Congresso foi “Inovação na Saúde: uma porta para o futuro” , com a intervenção da Alicia Chavero, em que a ideia fundamental assentou na necessidade de inovação na saúde, suportada por três pilares fundamentais: a colaboração com parceiros tecnológicos, com parceiros empresariais e com parceiros institucionais

Para mais informações sobre este evento, por favor aceder a https://www.aecoc.es/minisite/congreso-del-sector-salud/

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