FMCG & Retail
Entre o linear e o instantâneo: como reinventar a supply chain FMCG ?
No passado dia 11, a Supply Chain Magazine, em parceria com a GS1 Portugal, reuniu especialistas na Sonae MC, em Carnaxide para debater sobre o setor FMCG na cadeia de abastecimento de produtos de grande consumo, sempre se organizou de forma linear: da produção ao armazém, do armazém ao distribuidor, do distribuidor ao retalho e, finalmente, ao consumidor. Mas a realidade do mercado já não é linear. É instantânea, fragmentada, omnicanal e permanentemente pressionada pela velocidade e pela imprevisibilidade.
O consumidor de hoje espera disponibilidade imediata, transparência total e soluções sustentáveis. Tudo ao mesmo tempo. Para os fabricantes, distribuidores e operadores logísticos, isto significa repensar os modelos tradicionais e preparar cadeias de abastecimento para que funcionem em tempo real, que antecipem procura, que se ajustem a contextos de disrupção e que incorporem tecnologia como inteligência artificial, automação, digital twins ou analítica preditiva.
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Oradores
GS1 Portugal apresenta resultados e vencedores do 13.º Benchmarking Supply Chain
Esta edição do estudo, reconhecido como uma importante ferramenta de gestão, reuniu 27 fornecedores e 10 Retalhistas, entre os quais, pela primeira vez, o Lidl e o E. Leclerc. Os participantes avaliaram entre si os níveis de serviço e partilharam a sua visão sobre o panorama atual da cadeia de valor. Seis áreas estratégicas que irão moldar o futuro da cadeia de abastecimento: gestão da cadeia de abastecimento, digitalização e tecnologia, modelo de negócio, sustentabilidade, desafios e perspetivas futuras e colaboração. Os resultados deste estudo foram apresentados na LogiPack.
Pelo 13º ano, a GS1 Portugal realizou o Estudo Benchmarking Supply Chain que pretende melhorar a eficiência da cadeia de abastecimento de Grande Consumo.
Da perspetiva dos retalhistas, verificou-se uma atribuição globalmente mais baixa de importâncias face à edição anterior. Ainda assim, o cumprimento do prazo de entrega e a atualização e alinhamento da base de dados mantêm-se no topo das prioridades.
Nesta edição, ganhou também uma maior relevância a gestão do registo de novos produtos e promoções e a capacidade de fornecimento especial, temas que em 2024 não figuravam entre os 10 mais relevantes.
O registo de novos produtos surge, adicionalmente, como uma das áreas em que os fornecedores obtiveram avaliações mais baixas, evidenciando uma oportunidade clara de melhoria.
Já o tema da faturação assume agora maior importância, sobretudo pela valorização da clareza e conteúdo das faturas, bem como pela necessidade de reduzir erros associados a discrepâncias de quantidades e preços.
Na ótica dos fornecedores, regista-se maior subida em importância nos tempos de espera na recolha da documentação, que assumem nesta edição um papel central.
Em contrapartida, a construção de relações sólidas, que em 2024 foi considerada a questão mais relevante, desceu agora para a sexta posição.
Em síntese, enquanto os retalhistas enfatizam sobretudo a eficiência operacional, os fornecedores direcionam a sua atenção para a eficiência dos processos, atribuindo menor peso ao relacionamento.
Consulte as conclusões do estudo
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