Fonte: Nielsen
No primeiro trimestre de 2020, os portugueses voltaram a mostrar-se mais confiantes do que a globalidade dos consumidores a nível europeu. Segundo os resultados do estudo “The Conference Board® Global Consumer Confidence Survey”, conduzido em colaboração com a Nielsen, o grau de confiança registado entre os consumidores portugueses manteve ainda valores ligeiramente acima da média europeia.
Portugal obteve no primeiro trimestre do ano o valor de 90 pontos, revelando uma ligeira quebra face aos trimestres anteriores, mas mantendo a “marca” dos 90 pontos atingida ao longo do último ano.
É importante mencionar, no entanto, que o trabalho de campo deste inquérito terminou no final de fevereiro, não refletindo por isso ainda os impactos da pandemia COVID-19.
Saúde salta para o top das preocupações dos portugueses
A Saúde surge neste trimestre como a principal preocupação para 30% dos portugueses. Com alguma relevância destaca-se também, mas já numa segunda posição, o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. O emprego, que ocupava a 5ª posição no trimestre anterior, é agora a 3ª principal preocupação dos portugueses.
Um certo pessimismo encontra-se refletido nas perspetivas de emprego para os próximos 12 meses, já que mais de metade (56%) dos inquiridos afirmam esperar tempos difíceis no que diz respeito a esta situação e quase metade (46%) não anteveem perspetivas positivas para as suas finanças pessoais.
Neste sentido, 62% dos portugueses afirmaram terem alterado os seus gastos para economizar nas despesas domésticas, sendo as principais medidas de poupança em entretenimento fora de casa (51%), gás e eletricidade (50%), refeições take-away (48%), roupa (45%) e na procura de marcas de alimentação mais baratas (40%).
Consumo atinge pico motivado pela resposta à pandemia
O crescimento entre os Bens de Grande Consumo apresenta neste primeiro trimestre do ano o maior crescimento em valor dos últimos anos (+14,5%), o terceiro mais elevado entre os 21 países analisados no estudo, apenas antecedido pela Turquia (+25,4%) e pela Hungria (+17,7%). O incremento em volume (+14%) verificado neste período é o principal motor deste desempenho, ficando apenas atrás da Grécia.
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Como explica Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical Director da Nielsen Portugal, “as vendas dos Bens de Grande Consumo no primeiro trimestre de 2020 são impactadas pelo efeito da pandemia COVID-19, particularmente no que respeita ao fator volume. Este período foi marcado por uma clara preocupação em armazenar produtos considerados essenciais para fazer face às medidas de confinamento instauradas. Destaca-se de forma notória, entre as semanas 9 e 11, uma preocupação entre os consumidores em encher a despensa, sobretudo visível nas categorias de Cuidado Pessoal, Cuidado do Lar e Alimentos, para se prepararem para a quarentena. A semana 11 impactou especialmente o primeiro trimestre, com um crescimento de 65% em valor em relação ao período homólogo”. |
As Marcas Próprias apresentaram-se as mais dinâmicas (+18,6%), embora as Marcas de Fabricante tenham também crescido neste primeiro trimestre (+12,2%). Numa análise por categoria, destacam-se com crescimentos em valor mais elevados os Alimentos Congelados (+24%), a Higiene do Lar (+18%) e a Mercearia (+16%).
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