Os retalhistas portugueses já estão a olhar para a blockchain como mais uma forma de conferir eficiência aos processos de negócio. Multiplicam-se os casos de estudo, do setor público ao privado, do estacionamento à energia.
A blockchain entrou no vocabulário dos portugueses no ano passado por ter sido a tecnologia de base das moedas virtuais. As empresas rapidamente reconheceram as vantagens de um registo virtual descentralizado e altamente completo, que seduz pela segurança que pode garantir.
Como participante na 6ª edição do Estudo dos Níveis de Serviço Supply Chain, o representante do Intermarché afirma que, “a blockchain será uma realidade a muito curto prazo a dois níveis: (1) nos produtos, como têxtil e medicamentos, para assegurar ao consumidor que não estará a adquirir produtos de contrafação; (2) nos produtos alimentares, para que o consumidor posso confirmar que compra efetivamente produtos biológicos ou para que consiga perceber como, onde e em que condições o produto foi produzido.”
Por outro lado, a blockchain continua a gerar desconfiança porque é uma tecnologia ainda imatura, pouco testada e não regulamentada. que gera confiança sem precisar de intermediários. Para o representante do Pingo Doce, “é uma tecnologia que está a amadurecer, pelo que neste momento ainda estamos expectantes relativamente aos seus standards e à sua aplicabilidade transversal ao longo das cadeias logísticas. Trará maior transparência e confiança nas transações entre todos os elos da cadeia logística.”