Em Portugal estima-se que o comércio eletrónico alcance aproximadamente os 430 milhões de dólares no mesmo período e que represente 1,6% das vendas. Estes são resultados do relatório Nielsen “Future Opportunities in FMCG E-Commerce”.
“Mesmo passando grande parte do seu dia conectados à Internet, a atividade virtual dos portugueses não inclui ainda de forma significativa um ato tão quotidiano como o de fazer compras. Atualmente, menos de 1% das vendas de produtos de Grande Consumo são online.
No entanto, segundo este relatório, 66% dos portugueses afirmam estar dispostos a fazer no futuro encomendas online com entregas ao domicílio (o valor mais alto da Europa Ocidental) e 63% mostram-se disponíveis para experimentar a opção de encomendar online e recolher em locais específicos nas lojas, o que demonstra que o consumidor está, de facto, disponível para começar a fazer compras online. Os retalhistas têm procurado encontrar um modelo que facilite todo o processo, para assim dar resposta a estas novas necessidades”, refere Mafalda Silva Ferreira, Client Development Senior, da Nielsen.
O relatório da Nielsen identifica e analisa uma dezena de aspetos-chave para determinar o potencial de mercado no canal online a partir de uma investigação detalhada por país.
Num primeiro nível, os drivers fundamentais para o e-commerce são o PIB e a penetração de contas bancárias, da internet e dos smartphones. A nível macroeconómico, há que destacar a facilidade na concretização de negócios, a densidade populacional e a capacidade do sistema postal. A confiança e uma cultura de poupanças constituem os drivers sociais para o desenvolvimento do e-commerce, e, finalmente, do lado da oferta do mercado, a maturidade dos retalhistas é fundamental para o crescimento do comércio eletrónico em Portugal.